O
espaço do Coletivo 308 é vivo! Pulsa! Vibra!
Não
haveria outro local na mesma potencialidade em carga afetiva e admiração extrema
que pudesse suportar SILÊNCIO PROIBITIVO.
E assim
se fez. Gritou. E agora está ecoando.
À este
local de Arte, todo meu carinho e agradecimento por existirem!
Aqui,
nesta cidade míope, chafurdada de risos desonestos, inflamados de egos
burgueses e ações inóspitas para com a Arte (esta, com A maiúsculo!); sucedem
atitudes potencializadas em força, beleza e sensibilidade, que transcendem a
mera ideia de espaços alternativos, e afirmam-se enquanto espaços além de
físicos, pois existem e vivem! Nessa forma, somos! Ao poder público, não
deixamos nada a desejar, mas muito a ser invejado, pois lidamos com a preciosidade
da Vida sob a essência da Arte; é disso que necessitamos, trabalhamos e o
realizamos com maestria.
Neste
estado de Vida tão breve, o amadurecimento inteligível denota os caminhos que
podemos delinear e dispor do tempo justo e merecido com as Coisas que merecem
viver e ser vividas.
A
Arte está na essência do artista, o artista na vida e nela, encontro vocês!
Esta
exposição está concebida e lapidada no que encontra-se posto, mas as ações que
antecederam essa construção merecem seus agradecimentos.
À todos
que contribuíram de alguma forma, seja na paciência em lidar com minha ansiedade,
aos amigos que incentivaram essa iniciativa desde o início, aos queridos que
acreditam em mim e em meu trabalho artístico e o sente enquanto força; aos
diálogos, auxílios, chão varrido, tijolos pintados, ideias de montagem,
aparatos de som emprestados, corridas de carros no leva e traz das obras e dos
equipamentos, aos sorrisos, suor, abraços e presenças de todos neste evento;
somaram-se em pilares de sustentação para esse feito. Meus eternos
agradecimentos e amor.
E diante
de todas essas ações, quais palavras encontrar para agradecer esses quatro
homens belos, que me ampararam e me acomodaram nestes dias tão curtos de
organização e correria? Quais palavras eu poderia figurar Edson Luciano,
Alexandre Gomes Vilas Boas, Rodrigo Pignatari e Sérgio Ribeiro? Honestamente,
não sei. Minha gratidão, amor e admiração à estes seres sensíveis, amados,
amigos, mestres e artistas da Arte e da Vida, transcende qualquer forma de
representação física. Só sei que, este passo em minha vida não teria se
alargado se não fosse com a presença de vocês!
Sou
inteiramente suspeita e posso ser venial ao falar sobre meu trabalho artístico,
mas tentarei ser polida.
Ao
decidir este recorte de criações em nuances para apresentar nessa exposição,
procurei mostrar-me honestamente como sou, essa é minha Arte, e assim, às
avessas, extensões de mim fazem-se presentes em SILÊNCIO PROIBITIVO diante da
materialidade sobre suas singularidades. Entre a leveza mentirosa, a acidez das
cores, a provocação das formas, a delicadeza dos materiais e o peso da poética;
essa exposição abarca seis nos de criações sob a eterna construção,
investigação, pesquisa e anseios sobre o que busco criar.
Aos
que fizeram-se presente na abertura e aos que ainda hão de ver esses trabalhos,
que ficarão expostos até 06/09, fiquem à vontade para fruir, gostar, desgostar,
apreciar, depreciar, viver!
Confesso
que foi um desafio grande atropelar as fraquezas e a emoção e elucidar a razão,
para mostrar-me tal qual a esta maneira. E ficou belo!
A forma
em que curamos a exposição, fincou-se numa harmonia graciosa com o espaço
físico entre as paredes brancas e as digitais de tintas presentes no chão,
cenário de trabalho artístico, que é o próprio Ateliê.
A
noite de 09 de agosto está gravada em mim na emoção de reunir pessoas no qual
admiro, entre meus amores, amigos e conhecidos, em que seus risos, olhares e
presença acrescentaram-me em um Ser muito mais rico em alegria e sensibilidade!
Gracias
a la vida que me ha dado tanto!